Fratura por estresse

O que é?

Essa lesão ocorre como resultado de um número elevado de sobrecargas sobre o tecido ósseo. Por exemplo, aumento na intensidade ou início repentino de uma atividade de corrida, pode ocasionar fratura por estresse do osso do pé que não esta com o corpo preparado para sofrer esta energia repetitiva. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia define a fratura de estresse como: Uma lesão decorrente de um número repetitivo de movimentos, que ocorrem geralmente em regiões mais localizadas, gerando fadiga. Isso causa um desbalanço na atuação de osteoblastos (células formadoras de osso) e osteoclastos (células responsáveis pela reabsorção óssea). Não necessariamente o osso quebra por completo, podendo haver apenas um “trincado” (fratura sem desvio) ou uma reação de estresse. Porém, com a evolução do quadro, a fratura pode ficar completa e desviada.

 

O que pode ocasionar a fratura por estresse?

– Carga de treinamento inadequada

Esta é a causa mais comum da fratura por estresse. Quando o praticante de qualquer modalidade entra em um estado muito grande de fadiga, ele acaba não tendo mais a mesma absorção de impacto através de seus músculos. Afinal, estando fadigados eles perdem e muito em eficiência. Isso vai fazer com que os ossos que são mais solicitados durante a prática, recebam um impacto maior e mais direto. O problema está na fadiga sem um devido controle das cargas de trabalho, por isso se torna tão importante os períodos de descanso nos programas de treino e o aumento gradual de intensidade e frequência. Treinar acima de sua capacidade atual, isso vale para maratonistas que passam a aumentar a distância e também para sedentários que mudam o nível de atividade da noite pro dia e passam a realizar diversos tipos de atividades repentinamente.

Outros fatores que devemos considerar:
– Excesso de peso
– Deficiência nutricional
– Problemas Hormonais (queda de estrogênio e testosterona)
– Deficiência de Vitamina D
– Desalinhamento dos membros, biomecânica alterada
– Desequilíbrio muscular

Sintomas:

O sintoma principal é dor óssea no local da lesão, que inicialmente pode ser pequena e apenas em atividades mais intensas, mas que pode progredir para dor forte mesmo com pequenos esforços no dia-a-dia. Os locais mais comuns das fraturas de estresse são ossos do pé e na tíbia.

Diagnóstico

  • A dor óssea iniciada após esforço exagerado sempre gera suspeita de fratura por estresse. A dor tende a piorar com a prática de exercícios de impacto e a palpação do osso fica dolorida no local da fratura. Em alguns casos, pode ocorrer edema no local.

O diagnóstico pode ser confirmado por meio de exames de imagem, incluindo:

  • Radiografias: As radiografias simples apresentam baixa sensibilidade (15-35%) nas lesões em estágio inicial. Normalmente necessário um exame adicional.
  • Ressonância magnética: São capazes de demonstrarem a fratura por estresse em praticamente 100% dos casos, mesmo nas fases iniciais, sendo o principal exame de escolha para o diagnóstico.

Diversos são as localizações que podem ocorrer a fratura por estresse. O exame é importante, pois a partir dos resultados dos exames de imagem, podemos determinar qual é o tipo de fratura por estresse presente no paciente, o local e o grau de acometimento do osso lesionado. Baseado nisto, dividimos em

  • Fraturas de baixo risco – áreas de compressão do osso;
  • Fraturas de alto risco – áreas de tensão do osso.

Fratura de alto risco, normalmente necessitam de tratamento cirúrgico. Já as de baixo risco de tratamento conservador.

Tratamento

O tratamento fisioterapêutico para esse tipo de lesão tem como objetivo acelerar o processo de cicatrização óssea e promover o retorno do paciente as suas diversas atividades diárias e esportivas. O repouso é essencial para um tratamento correto, por isso, o paciente deve ficar afastado de toda e qualquer atividade de impacto até sua lesão ser curada. Utilizamos estratégias de alterar o tipo de atividade física para que este paciente mantenha a capacidade pulmonar mantida, seu condicionamento físico, mesmo afastado da atividade principal. Além disso o fisioterapeuta pode lançar mão da utilização do ultrassom e da ondas de choque focal para estimular a regeneração no local.

O tempo de afastamento pode variar de acordo com a região onde se localiza a lesão e com o grau de severidade da fratura.

Geralmente o atleta fica afastado de um a quatro meses, mas em alguns casos pode chegar a seis meses de afastamento das atividades esportivas de impacto. Durante a fase final de reabilitação algumas atividades de readaptação ao esporte e orientações são importantes para evitar recidivas da lesão ou até mesmo uma nova fratura em outro local, o que em alguns casos é comum.

Conto com um equipamento de ondas de choque focal em meu consultório para auxiliar no tratamento desta e outras doenças.

 

Confie em quem tem
a experiência necessária
nos cuidados com seu joelho.